Director´s Cut → O director´s cut (que traduzido à letra significa “versão do realizador”) é a versão de um determinado filme que apresenta a visão do seu realizador e que difere da versão lançada nos cinemas. Essa diferença entre versões resulta da interferência dos estúdios no processo de edição de um filme. O objectivo dos estúdios é, naturalmente, obter a maior quantidade de lucro possível com um filme. Se os responsáveis pelo estúdio sentirem que o seu investimento está em risco, podem pressionar o realizador a fazer algumas alterações e/ou reduzir a duração do filme (comprometendo no processo a sua liberdade artística). Por essa razão, os director´s cut apresentam, normalmente, uma duração maior do que a versão lançada nos cinemas.
O lançamento dos director´s cut foi iniciado nos anos 80, a partir da altura em que se começou a verificar a ascensão do “home video” (aluguer e compra de filmes). Quando os estúdios se aperceberam que existia um mercado para versões alternativas, começaram a promover essas versões, mesmo nos casos em que a versão lançada no cinema já apresentava a visão do realizador.
Typecasting/typecast → A expressão typecasting/typecast traduz as situações em que um actor ou actriz é bastante associado(a) a um determinado papel ou a um tipo específico de papéis. O typecasting pode ser vantajoso ou desvantajoso:
- Para algumas pessoas (talentosas ou não), o typecasting é vantajoso, já que depois de terem obtido sucesso a representar um determinado papel, continuam a arranjar trabalho a representar papéis do mesmo tipo. Essas pessoas ou são pouco talentosas ou então não estão simplesmente dispostas (de momento ou a longo prazo) a arriscar desempenhar um papel completamente diferente do habitual, com medo que o filme seja um fracasso nas bilheteiras e prejudique a sua carreira.
- Para outras pessoas (talentosas ou não), o typecasting é desvantajoso, porque lhes impede de demonstrar a sua suposta versatilidade. Essas pessoas ficam sempre associadas a um determinado tipo de papéis e procuram papéis diferentes, que realcem o seu talento e versatilidade (esta situação acontece principalmente a actores bastante associados a comédias e comédias românticas, que procuram mostrar que são actores sérios e versáteis escolhendo papéis mais dramáticos).
Exemplos:
- Um bom exemplo de um actor para o qual o typecasting é vantajoso é Hugh Grant. Grant está de tal modo associado a comédias românticas que dificilmente desempenhará um papel noutro tipo de filmes.
- Jim Carrey e Robin Willians são exemplos de comediantes que mais tarde procuraram demonstrar (ambos com sucesso, na minha opinião) a sua versatilidade e talento em filmes dramáticos, escapando assim ao typecasting.
- Outro exemplo é o de George Reeves (1914 - 1959), um actor conhecido sobretudo pelo papel de Superman na série de televisão Adventures Of Superman (1952 - 1958). Reeves procurou mostrar a sua versatilidade como actor e acabou por consegui um papel no filme From Here To Eternity (1953), um clássico da história do cinema e vencedor de 8 óscares. Mais tarde, as cenas em que aparecia no filme foram cortadas da versão final. Segundo os rumores, as cenas foram cortadas porque as audiências de teste estavam sempre a dizer “There's Superman!” quando Reeves aparecia em cena, que provava a grande associação do actor com essa personagem.
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