
Os primeiros gravadores de cassetes de vídeo domésticos foram lançados no início dos anos 70, mas só começaram a ter sucesso na segunda metade dessa década, quando companhias japonesas e europeias desenvolveram aparelhos tecnologicamente mais avançados. Em Abril de 1975, a Sony colocou no mercado o Betamax, que foi um enorme êxito de vendas. Em Setembro de 1976, foi colocado no mercado o grande rival do Betamax, o VHS.
Nos primeiros meses da “guerra”, o Betamax estava a ter bastante mais sucesso do que o seu rival e era considerado pela grande maioria o formato tecnologicamente mais avançado. Em 1980, a situação já era completamente diferente: o VHS já detinha 70 % do mercado. Apesar de ser menos sofisticado do que o seu rival, o VHS ganhou bastante terreno porque era mais barato e as cassetes tinham uma maior duração (que provavelmente foi o factor decisivo na vitória*). Um factor muitas vezes referido como determinante na vitória do VHS foi a adopção desse formato pela indústria porno, mas essa opinião não é consensual.
Nos anos que se seguiram, a Sony introduziu algumas inovações no Betamax (entre as quais o aumento da duração de cada cassete), mas já era tarde demais. Em 1988, a empresa iniciou a comercialização de leitores e cassetes VHS, ditando o fim da guerra. O Betamax continuou a ser um formato popular no Japão, sendo comercializado nesse país até 2002.
* A maior duração das cassetes VHS apresentava inúmeras vantagens, sendo a mais importante o facto de permitir a gravação de filmes e de outros programas completos numa só cassete em vez de em várias, no caso do Betamax. Essa característica foi essencial para o desenvolvimento do mercado de aluguer e compra de filmes.
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