
Nota: 1/5 (Muito Mau)
Realizador: Tom Green
Argumento: Tom Green e Derek Harvie
Elenco: Tom Green, Rip Torn, Marisa Coughlan, Eddie Kaye Thomas, Julie Hagerty, entre outros
Género: Comédia
Duração: 87 minutos
Sinopse: Tom Green desempenha o papel de Gord Brody, um baldas que aos 28 anos muda-se para casa dos pais (Rip Torn e Julie Hagerty) e do irmão Freddy (Eddie Kaye Thomas), quando o seu grande sonho de se tornar num animador de cartoons não se concretiza. O filme fala das aventuras e desventuras pelas quais Gord passa, à medida que ele luta para atingir o seu sonho. Ao percorrer esse caminho, Gord encontra o amor e tenta melhorar a relação com o seu pai.
Crítica: Eu devo confessar que possuo uma característica curiosa, que não sei se todos os fãs de cinema possuem: além de procurar ver os filmes melhor cotados e mais conceituados, também gosto de ver filmes maus e procuro ver o máximo de filmes que estão mal cotados. Por vezes, acabo por considerá-los fracos ou mauzinhos. Outras vezes, encontro filmes que atingem o fundo do poço de tão maus que são. Freddy Got Fingered insere-se naturalmente nesta última categoria. Eu já conhecia o programa de televisão do Tom Green e não achava muita piada ao humor doentio dele, mas depois de ter gostado da sua personagem no filme Road Trip, fiquei curioso em ver este filme e verificar por mim próprio se era tão mau como diziam.
Doentio, nojento, abominável, repugnante e desagradável são algumas das palavras que podem ser utilizadas para descrever esta atrocidade cinematográfica. Eu sei que a comédia é algo subjectivo (uma pessoa pode não achar graça a uma piada e outra pode acha-la hilariante), mas isto já é demais. Se acham piada a um filme em que uma personagem estimula manualmente um elefante e direcciona o produto dessa estimulação a outra pessoa, vão adorar este filme. Além dessa cena, posso-vos falar também da cara-metade de Gord (uma paraplégica obcecada com sexo oral), da masturbação de um outro animal (ao mesmo tempo que é proferida aquela mítica frase: “Look, daddy, I'm a farmer”) e do rumor lançado por Gord de que o pai molestava o irmão (daí o nome do filme).
O argumento, como seria de esperar, é nulo e serve apenas para fazer com o que o filme atinja uma duração consideravelmente maior (aquilo a que chamo filler, cenas de pouca qualidade que preenchem os espaços que existem entre as cenas mais importantes do filme). O filme não só não tem piada como também se esforça por chocar o espectador, tentando que a cena seguinte seja mais doentia que a anterior. É claro que em termos de representação, as coisas não são melhores, tendo os actores feito o mínimo esforço para receber o cheque (mas também como as personagens são uni-dimensionais, isso também não faz muita diferença). Freddy Got Fingered é uma das piores comédias que vi e como não sou masoquista, nunca mais quero ver o filme e espero que algum dia as memórias que tenho dele desapareçam. James Berardinelli proferiu uma frase durante a sua crítica a este filme que o resume na perfeição: “Foi mais divertido ter sido submetido a uma colonoscopia do que assistir a este filme”.
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